Coluna Liliana Rodriguez - Rio que acontece

Vamos falar de coisas boas??? Esquecer um pouco do dia a dia duríssimo que o carioca anda enfrentando???

Pois bem, esta semana a Granado convidou um grupo de jornalistas, formadores de de opinião, artistas, estilistas, designs, empresários e mais, para a abertura da exposição “A História da Botica Mais Tradicional do Brasil”. Foi para comemorar os 150 anos da marca.

O cenário escolhido para a montagem - o Museu Histórico Nacional - não podia ser mais apropriado. Lindos de ver. A mostra e o museu, uma simbiose, interessantíssima.

Sissi Freeman, diretora de marketing e vendas, falou a coluna sobre o passado e futuro da Granado:

Sissi querida, me fala um pouco sobre este evento?

A Granado, ao longo dos anos, fez um acervo gigante, e a gente quer contar esta história. Não só para comemorar, mas é uma oportunidade para mostrar ao público frascos antigos, embalagens que nunca foram vistas. Temos uma equipe que restaurou. O Museu Histórico se animou em participar, em abrir as portas pra este evento. Então a exposição vai de janeiro até maio.

Me conte, como a sua família abraçou a marca?

Na verdade, o meu pai comprou a empresa em 1994, do neto do fundador. Ele não tem filhos, e queria que a empresa se perpetuasse. E meu pai acabou sendo contratado para vender a empresa, porque ele era banqueiro. Mas ele, inglês, acabou se encantando pela história e a tradição da marca. E minha mãe, na verdade, abraçou o acervo, que era enorme, veio doado junto e hoje é inspiração pra arte, displays, produtos novos. Hoje, realmente, o acervo é o coração da empresa.

E você, como diretora de marketing, como mulher atuando no mercado, agora em 2020, diante desta crise, diante do fato de ser mulher, como se sente?

Tenho muito orgulho, a empresa tem muitas mulheres, em cargo de diretoria, nas áreas financeira, de RH....

É uma política?

Não é uma política, mas meu pai disse acha que o próximo século é das mulheres, que as mulheres são multitarefas, e acaba que elas são mais determinadas... Claro que isso não é um fato, mas é uma percepção dele. Mas eu acho que é um orgulho muito grande....

Você também é uma mulher multitarefas, tem duas filhas...

Sim. É, acho muito importante elas saberem que, quando não estou em casa, ou onde eu estou, e elas sentirem também o orgulho como eu sinto de trabalhar numa empresa como uma história tão rica.

E qual é o futuro de vocês?

O que vem pela frente? A gente está com uma expansão internacional, hoje temos três lojas em Paris, em termos de atacados. A gente está abrindo clientes lá fora, e dentro do Brasil também. Para este ano esperamos abrir mais seis lojas, ao todo estamos com quase 80. E também lançar produtos.

Então a crise está passando longe de vocês?

Na verdade, a gente vê crise como oportunidade, eu acho que não dá para ficar parado, então é aproveitar a oportunidade para se destacar.

Me fala de um sonho.

Difícil, eu acho que já estou vivendo este sonho, trabalho com o meu pai, tenho um trabalho que eu adoro, marido que eu amo, então eu acho que não dá para pedir mais.